sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O ESPÍRITO DO SENHOR É SOBRE MIM

O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram, e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria em vez de pranto, veste de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória".
A palavra unção tem o sentido de capacitação, ou seja se você foi ungido para determinada tarefa, significa que você recebeu uma capacitação de Deus para desempenhar esse serviço. Se Deus lhe deu um dom musical, significa que o Espírito do Senhor lhe ungiu. Há uma unção de Deus contida em você seja qual for sua função, e isso vale para todas as partes do corpo de Cristo, mas quero ser específico quanto a área de música. Se Deus lhe deu um dom e você toca algum instrumento, ou ministra louvor na igreja ou faz back vocal em sua igreja, ou se você é um compositor ou ainda tem uma banda gospel seja de que gênero for, eu quero lhe dizer que o Espírito de Deus lhe ungiu. Essa unção então implica em responsabilidades que gostaria de compartilhar com você.
A primeira implicação é quanto a você estar ciente que foi Deus quem lhe deu esse dom e que portanto, ele, o seu dom, não impressiona a Deus. Você nunca vai deixar Deus impressionado com suas habilidades e dons, pois todos vieram dEle para você. O que realmente vai impressionar a Deus é o seu caráter e como você usará com integridade e caráter o dom que ele lhe deu. Você não é melhor e nem pior que ninguém por ter um dom específico, ainda que ele seja raríssimo de se encontrar no meio do povo de Deus. Portanto usar corretamente seu dom implica em usá-lo com caráter.
A segunda implicação é quanto aos resultados ou que frutos você tem colhido com o uso do seu dom. Você pode ver no texto de Isaías que, na verdade já estava se referindo ao ministério de Jesus, que o Senhor o ungiu para pregar boas novas aos quebrantados mas também para curar os quebrantados; para proclamar liberdade aos cativos mas também colocá-los em liberdade; para apregoar o ano aceitável do Senhor mas também consolar os que choram e colocar uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria em vez de pranto, veste de louvor em vez de espírito angustiado.
Note que não era apenas um ato de proclamar ou pregar algo, mas de realizar algo em seguida com respeito àquilo que se pregou. Sinais que seguirão aos que crêem, não apenas palavras, mas palavras e ação. Isso tudo a partir do fluir de uma unção, ou seja você recebe de Deus uma unção ou como queira uma capacitação específica e a partir daí o fluir do seu dom e da sua unção começam a produzir algo em Deus na vida das pessoas.
Não basta dizer aos quebrantados as boas novas, eles têm que ser curados, da mesma forma não adianta muito dizer a quem esta cativo que um dia ele será livre, temos que colocá-lo em liberdade, e mais, temos que trocar as vestes daqueles que estão de luto por vestes de alegria e louvor. Tudo isso deve fluir de você quando seu dom está sendo colocado em prática.
Esta descrição do Messias e da sua unção relaciona – se à sua missão ou ministério. Quando Jesus começou o seu ministério, citou estes versículos e os aplicou a si mesmo (Lc 4.18,19). Seu ministério ungindo incluía:
Pregar o Evangelho aos pobres e aos aflitos;
Curar os Espiritual e fisicamente doentes quebrantados;
Romper os grilhões do mal e proclamar a libertação do pecado e do domínio satânico;
Abrir os olhos espirituais dos perdidos para verem a luz do evangelho e serem salvos.
Este quádruplo propósito caracterizava o ministério de Jesus Cristo, e continuará a ser cumprido pela igreja enquanto esta estiver na terra. João testificou de Jesus dizendo: “este é Aquele do qual eu disse após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era o primeiro do que eu. E eu não o conhecia, mas para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água. o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Eu vi o Espírito descer do Céu como uma pomba e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.” (João 1.31-33).
João envia dois dos seus discípulos para pergunta quem Ele era? (Mc 7.20-22). És tu aquele que havia de vir ou esperarmos outro? João foi homem valente, para falar de Jesus. Pregar sua palavra tem que ter coragem, os covardes não falam a verdade e apalavra de Deus é a verdade. Jesus fez questão de dizer que João não era uma cana agitada pelo vento, mas sim um profeta, enfatizou é muito mais que um profeta (Mt 11.78). João não teve medo e enfrentou Herodes, pregou contra seu erro, ele não temia a opinião popular, foi fiel ao condenar o pecado embora isso lhe custasse a própria vida (Mt 14.1-12. Para pregar a palavra de Deus o pregador tem sempre que se lembrar disso. Cristo julgara nosso ministério, nosso caráter, nossa posição em relação ao pecado (Lc 1.17). Nunca também, ao pregarmos a palavra de Deus devemos nos esquecer de que a palavra de é D´ele, e a gloria é dele. È necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30). Eis ai o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Aquele que vem de cima é sobre todos, aquele que vem do céu é sobre todos (Jo 3.31).
A resposta de Jesus através dos discípulos para João Batista (Lc 20.22). Ide e anunciai a João que tendes visto e ouvido:

1 – OS CEGOS VÊEM (Lc 18.35; Jo 9,25).
Eles não disse o cego vê, e sim os cegos vêem, muitos tantos quantos lhe aprouver. A cura do cego de nascença (Jo 9.1) nos traz além do milagre de Jesus, também uma lição gloriosa, o mestre nos ensina que nem sempre a doença grave ou calamidade é resultado de algum pecado. Ás vezes a enfermidade realmente resulta d´algum pecado grave (Jo 5,14), mas nem sempre. Neste caso como Jesus disse percebemos que foi com propósito Divino, para demonstrar a misericórdia, o amor, o poder de Deus. Tendo dito isto cuspiu na terra, com a saliva fez lodo, e com o lodo untou os olhos do cego, dizendo-lhe: “Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa enviado), Foi pois, lavou-se e voltou vendo (Jo 9.6-8)”

2 – OS COXOS ANDAM (Mt 15.30)
O povo maravilhava-se vendo aqueles sinais, depois de uma grande sequidão no seu meio, maravilhavam-se de ver tantas proezas de onde vinha tanta graça, tanto poder? O Senhor sempre usava da sua compaixão tanto diretamente, quanto indiretamente, através dos seus seguidores. Paulo fixando os olhos e vendo que ele tinha fé para ser curado disse em alta voz: “Levanta-ter direito sobre seus pés. E ele saltou e andou (At 14.9-10)”.
Pedro e João colocaram sua fé em ação depois de estarem juntos a hora nona, quando se depararam com um coxo desde o ventre de sua mãe, este, coxo, era colocado todos os dias a porta do templo chamado Formosa (At 3.1-9), para pedir esmolas. Quando viu Pedro e João que iam entrando no templo pediu-lhe uma esmola. Pedro lhe responde: “Não temos prata nem ouro, mas o que tenho isso lhe dou. Em nome de Jesus Cristo o Nazareno levanta-te e anda, tomando-o pela mão direita o levantou, e logo os seus pés e tornozelos funcionaram”.O coxo reconheceu que aquilo que recebeu, no caso, a cura, vinha de Deus, por isso saltou e louvou ao Senhor (At 3.8), e continuou agradecendo orando com Pedro e João para testemunho de Jesus (At 4.14). A palavra de Pedro e João foi em nome de Jesus... anda e ele andou. Em meu nome imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão (Mc 17.18), o nome sobre todos os nomes.

3 – OS LEPROSOS SÃO PURIFICADOS (Mt 26.6; Mc 1.40; Lc 17.12)
Um dos sentimentos de Jesus mais nobre foi e sempre será compaixão. Ver por outra quando se aproximava algum enfermo encontramos sempre estes dizeres e “moveu-se de intima compaixão” (Mc 1.40). E aproximando-se dele um leproso que rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: “Se queres bem podes limpar-me”. E Jesus movido de grande compaixão estendeu a mão, tocando-o e disse-lhe: “Queres ser limpo?”. E tendo dito isso logo a lepra desapareceu e ficou limpo. Na sua palavra a poder e seu nome é poder, “Eu sou o Senhor que te sara” (Ex 15.26).

4 – OS SURDOS OUVEM (Mc 4.32)
Onde Jesus estava a multidão se fazia presente, uns por curiosidade, outros por fé, outros procurando oportunidade para prejudica-lo diante das autoridades da época, certo é que todos queriam aproximar-se dele, tocá-lo e desta feita, Jesus tornando a sair dos territórios de Tiro e Sidom foi até o mar da Galiléia pelos confins de Decápolis, trouxeram-lhe um surdo que falava com dificuldade, e rogava-lhe que impusesse as mãos sobre ele. E tirando-o as parte de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e cuspindo, tocou-lhe na língua. Levantando os olhos ao céu ”suspirou” e disse: “Efata, isto é abre-te”. E logo e lhe abriram os ouvidos e a prisão da língua se desfez e falava perfeitamente. O povo se maravilhava e diziam: “Tudo faz bem, faz ouvir os surdos e falar os mudos” (Mc 7.37). Mesmo quando o demônio se apoderava de uma determinada pessoa, deixando-o mudo, ao encontrar-se com Jesus, o Senhor expulsava o demônio, mostrando sua autoridade divina sobre satanás restabelecendo a voz para aquele que outrora fora mundo (Lc 11.14). O sucesso do reino de Deus sobre o reino de satanás.

5 – OS MORTOS RESSUSCITAM (Lc 8.49; Mc 9.24)
A sentença final estava decretada. A filha de Jairo estava morta, não tem jeito mais, esta tudo acabado, não incomodes o mestre. Mais a palavra do Senhor imediatamente, para quebrar a sentença final, foi: “não temas, crê somente e serás salva” (Lc 8.49-50). Jairo homem acostumado a mandar e ser obedecido, presenciou um dos maiores milagres narrado na Bíblia. Saiu de casa não sabia que teria que esperar, e assistir uma cena que certamente ficaria gravada em sua mente por toda vida. A cura da mulher com o fluxo de sangue (Lc 8.44-47). Jairo estava extasiado com tudo que estava presenciando, por alguns segundos ou minutos talvez esquecera da filha que deixou muito mal em casa, mas um subalterno lhe interrompeu para lhe dizer, não precisa mais incomodar o mestre, tua filha já está morta, creio eu que foi como jogar uma balde d’água fria em Jairo, depois daqueles momentos tão maravilhosos, ele recebe uma notícia tão desanimadora. Mais ai entra em ação o nome que é sobre todos os nomes Jesus Cristo o Nazareno. Teve razão quando disse a Maria e Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida, e aquele que crÊ em mim, ainda que esteja morto vivera” (Jo 11.25). Jesus escutando o recado que o principal da sinagoga disse a Jairo, imediatamente lhe interceptou dizendo-lhe: “Não temas, crê somente”, e no versículo 39 ele diz para aqueles que choravam e pranteavam: “Porque alvoroçais e chorais? A menina não está morta mais dorme” No versículo 41 ele toma à mão da menina e diz: “Talita cumi – menina a ti te digo levanta-te”, e logo a menina se levantou e andava.
Durante toda a vida todos os pregadores em seus sermões falam sobre a ressurreição de Lazaro (Jo 11.1). Para quem crê em Jesus, a morte física não é um fim trágico. É pelo contrário, à admissão, à vida eterna abundante, e a comunhão com Deus. “Viverá” refere-se a ressurreição “nunca a morrerá” (Jo 11.26). Significa que o crente terá um corpo novo, imortal e incorruptível (I Co 15.42-54), que não poderá morrer, nem deteriorar-se (Rm 8.10; II Co 4.16).

6 – AOS POBRES É PREGADO O EVANGELHO DA PAZ (Mt 24.14)
O fim virá somente depois que o “evangelho do Reino”, é o evangelho pregado no poder e na justiça do Espírito Santo é acompanhado dos sinais principais do evangelho. Somente Deus saberá quando isto será realizado, segundo o seu propósito. O dever do crente é ser fiel e alcançar “todo mundo”, até que o Senhor volte para levar a sua igreja ao céu. Quando o Senhor diz: “Aos pobres é pregado o evangelho da paz”, está se referindo aos pobres de espírito (Mt 5.3)
Há certas condições necessárias para recebermos o evangelho. Devemos viver segundo os padrões revelados por Deus nas escrituras e nunca pelo mundo. A primeira destas condições é ser “pobre de espírito”, que significa reconhecermos que não temos qualquer auto-suficiência espiritual; que dependemos da vida do Espírito; do poder e graça divina para podermos herdar o reino de Deus.

CONCLUSÃO
Bem-aventurado é o homem e a mulher que se coloca na presença de Deus e reconhecem que Ele é sobre todos e sobre tudo, e que só conseguiremos fazer alguma proeza se o Espírito do Senhor estiver sobre nós. Amém.

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